Category: Ensino Superior

O bom desempenho em Português auxilia apenas estudantes dos Cursos Superiores de Tecnologia ou tem impactos também nos Bacharelados?

Em outra edição do EnadeDrops mostramos que os conhecimentos na Língua Portuguesa representam 2% da nota geral do curso. No entanto, a conta não é tão exata, no sentido de que os 98% sejam independentes de conhecimentos linguísticos. Ser claro e eficiente na comunicação oral, gráfica e escrita, por exemplo, é característica esperada em relação aos profissionais que estão entrando no mercado de trabalho. Nesse EnadeDrops, permanecemos investigando aspectos relacionados a essa temática, mas já alertando para o próximo exame, a ser realizado em novembro de 2019. Assim, escolhemos o curso de Engenharia Civil, participante em 2017 e reenquadrado para ser avaliado já em 2019, por pertencer ao grupo de engenharias.

O bom desempenho em Português auxilia apenas as questões discursivas de formação geral ou tem impactos nas outras partes do Enade?

No EnadeDrops anterior, analisamos a edição 2017 do Enade sob a ótica do desempenho dos concluintes na Língua Portuguesa versus Renda Familiar. Para isso, mapeamos as graduações por categoria – tecnólogos, bacharelados e licenciaturas. Em seguida, avaliamos desempenho versus situação econômica do concluinte. Percebemos que, de forma geral, apesar da esperada melhora das notas junto ao aumento da renda, esse comportamento não ocorreu em todas as categorias analisadas. Nessa edição, queremos saber o seguinte: o concluinte que foi bem em Língua Portuguesa foi melhor na Formação Geral (FG) e na Formação Específica(FE)? Em outras palavras: será que quem compreende e se expressa melhor na nossa língua leva vantagem na prova do Enade de forma mais ampla?

A tipologia da graduação influencia mais no Enade que a faixa de renda familiar?

No EnadeDrops da semana passada, começamos a falar do possível impacto causado pela deficiência dos nossos estudantes para se comunicar e se expressar na Língua Portuguesa. Mostramos também que, ainda que o peso pareça inexpressivo (2% do Enade), esse pequeno percentual é o suficiente para percorrer cerca de 30% das faixas que compreendem os conceitos 2, 3 e 4. Podem existir impactos extras: a capacidade de se sair bem nas provas objetivas – interpretação de textos, nas provas discursivas de conhecimento geral – construção de textos e na prova discursiva de conhecimentos específicos – capacidade de argumentação.

O português é importante no Enade ou a falha dele é que ganhou importância?

No EnadeDrops da semana passada, fechamos um trio de artigos com foco no desempenho dos cursos de Engenharia Civil. Adotamos metodologia que envolveu i) comparar o desempenho do concluinte ao longo de dois ciclos nas provas de Formação Geral (FG) e Formação Específica (FE), ii) usar o índice de dificuldade para chegar a conclusões mais precisas e, iii) buscar um olhar mais apurado com base na situação socioeconômica dos futuros egressos.Nessa edição do EnadeDrops, nossos esforços estão concentrados em um aspecto relevante, preocupante e alvo de constantes discussões no meio acadêmico: o que podemos dizer sobre o desempenho linguístico dos concluintes? Sim, esse item é avaliado, com base na prova discursiva de FG.

Os egressos de Engenharia Civil de 2017 tiveram uma prova mais difícil ou eles tinham mais dificuldade para fazer a prova?

Nessa edição do EnadeDrops, de forma semelhante ao que fizemos no curso de Medicina, fechamos o ciclo da Engenharia Civil, apresentando os dados de três variáveis divulgadas no questionário socioeconômico: Escolaridade do Pai, Escolaridade da Mãe e Renda. Estamos falando de sobre 21.606 Concluintes presentes em 2014 e 47.982 presentes em 2017. Além disso, dos 539 cursos avaliados em 2017, 247 não participaram da edição de 2014. É impressionante verificar que houve mais do dobro de concluintes de uma edição para outra, ainda que o número de cursos tenha crescido menos, em torno de 80%.

O Enade de Engenharia Civil de 2017 foi mais difícil ou os estudantes eram piores?

Nessa edição do EnadeDrops permanecemos explorando os cursos de Engenharia Civil. De forma semelhante ao que já fizemos com o curso de Medicina, iremos verificar se é útil analisar a prova de Engenharia Civil atribuindo pesos às questões de acordo com a padronização a seguir: questões (fáceis ou muito fáceis) valem menos pontos, questões medianas (valendo um pouco mais pontos) e, finalmente, questões (difíceis ou muito difíceis) valendo mais pontos.

Estamos formando mais engenheiros civis. Mas será que formamos melhores engenheiros civis?

Nessa edição do EnadeDrops, adotamos uma linha de raciocínio semelhante mas com foco no curso de Engenharia Civil. Apesar da última avaliação ter sido em 2017, o Inep readequou as engenharias ao calendário de avaliações. Como consequência, as mesmas serão avaliadas já em 2019.Muita gente se perguntou o porquê da mudança. Uma das razões – inclusive a que justificou a escolha da Engenharia Civil – se deu pelo fato de envolver, entre as engenharias, o maior volume de Concluintes: 21.655 em 2014 e 47.988 em 2017. Como vocês podem ver, o quantitativo mais que dobrou, o que altera muito a logística da aplicação.

A prova de Medicina de 2019 será fácil ou difícil?

O EnadeDrops anterior abordou a hipótese de associarmos pesos distintos às questões da prova, beneficiando os estudantes e IES que conseguiram acertar as questões mais difíceis. Nessa edição do EnadeDrops investigamos a discrepância do desempenho (Nota Geral) dos concluintes de 2013 e 2016, pois não parece fazer nenhum sentido para nós que IES de Medicina que acertaram cerca de metade da prova tivessem tirado conceito 5 no Enade 2016 e conceito 1 no Enade 2013. É possível? Sim, porque os conceitos são calculados como um desvio da média do estudante brasileiro. É desejável? Não, porque perdemos a possibilidade de comparar o desempenho do estudante de Medicina ao longo do tempo e consequentemente avaliar o progresso da sua formação, tão cara para nossa saúde – com trocadilho, por favor!

Gestão da Aprendizagem: o princípio de tudo!

Nunca houve uma formação inicial ou continuada para reitores, pró-reitores e diretores acadêmicos entenderem a natureza da gestão do seu trabalho, tão distinta de outras atividades da gestão que tem locus e focus bem definidos em outras indústrias. Da mesma forma, coordenadores de curso, membros de Núcleos Docentes Estruturantes, professores e tutores dificilmente tiveram uma formação adequada em aprendizagem – isso se fizeram licenciatura, pois a maioria dos professores universitários nunca teve sequer uma cadeira sobre educação, pedagogia ou didática ao longo da sua carreira.

O desempenho de Ciências Biológicas, Exatas, Linguística, Letras e áreas afins (in)voluiu ou Evoluiu? Ou essa ciência não é tão exata assim?

No EnadeDrops anterior, investigamos o desempenho das graduações pertencentes às Ciências Agrárias, Saúde e áreas afins, avaliadas nas edições 2004, 2007, 2010, 2013 e 2016 do Enade. Na edição dessa semana nosso alvo está nas graduações do grupo de Ciências Biológicas, Exatas e da Terra, Linguística, Letras e Artes e áreas afins, participantes das edições de 2005, 2008, 2011, 2014 e 2017. Estamos fechando, em três edições do EnadeDrops , uma série de rápidas análises, contemplando os três ciclos avaliativos do Enade.

A vitalidade acadêmica dos Concluintes de Saúde, Agrárias e afins melhorou ou piorou ao longo das edições do Enade?

Na última edição do EnadeDrops , o tema abordado foi motivado após o questionamento de um dos nossos seguidores, interessado em conhecer o desempenho dos cursos – no contexto de uma série histórica. Abordamos as graduações das Ciências Sociais aplicadas e áreas afins, avaliadas nas edições 2006, 2009, 2012 e 2015. A edição dessa semana dá continuidade ao tema, com foco nas graduações das Ciências Agrárias, Saúde e áreas afins, avaliadas nas edições 2004, 2007, 2010, 2013 e 2016.